Descrição
O culto a Maria foi desde os primórdios do cristianismo a marca de contraste da plenitude da fé. Já nos primeiros séculos se atacava o papel de Nossa Senhora, ao atacar o mistério de Cristo, Deus perfeito e homem perfeito. E com o surgimento do protestantismo, a marginalização da Mãe de Deus era uma pincelada a mais no quadro da ruptura com a fé verdadeira. Nos nossos dias, alguns voltam a subestimar o culto à Virgem, considerando superadas, ou mesmo alienantes, as práticas tradicionais da devoção mariana.Francisco Faus, já conhecido pelos leitores destes cadernos, oferece-nos nestas páginas um ponto de partida seguro para compreendermos o lugar que Maria ocupa na fé e na vida cristã. Cingindo-se aos textos evangélicos, vai à procura não do que cada um possa pensar da Virgem, mas do que Deus pensou dEla; não do lugar que o sentimento ou os tempos lhe atribuem, mas daquele que Deus lhe reservou nos seus planos de Salvação.Assim se vê qual a linha dos desígnios de Deus para Aquela que, desde o “faça-se” incondicional da Anunciação até esse outro “sim” silencioso no instante supremo do Calvário, estava chamada a ser Mãe de Deus e a Mãe dos homens, a Mulher revestida de sol, com a lua a seus pés, que esmagaria a cabeça da serpente.Maria na eternidade é a mesma humilde donzela de Nazaré que já em Belém dava a conhecer o Filho de Deus aos homens e que hoje e sempre nos continua a levar maternalmente até Ele, aconselhando-nos em nossos anseios e carências, como aos criados das bodas de Caná, se não lhe faltarmos com o nosso afeto filial: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
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